domingo, 7 de março de 2010

PROPOSTA DE REDAÇÃ0 (segundos e terceiros anos)



Leia a coletânea abaixo. Ela tem o objetivo de propiciar uma compreensão prévia a respeito da temática proposta. Por isso, a leitura da coletânea é obrigatória. Ao utilizá-la, você não deve copiar trechos ou frases sem que a transcrição esteja a serviço do seu projeto de texto.Tendo-a como apoio, redija uma dissertação argumentativa (entre 20 a 30 linhas).

TEXTO 1
"Pai, eu quero te agradecer pela propina!", ora o deputado evangélico
Depois das cenas em que o atual presidente da Câmara Distrital, Leonardo Prudente (DEM), guarda dinheiro nas próprias meias, o acervo de vídeos que mostram os bastidores do suposto esquema de pagamento de mesada para a base aliada do governo do Distrito Federal revela deputados orando em um dos encontros com Durval Barbosa, autor dos vídeos.
O ex-policial, que era secretário de Relações Institucionais do governo de José Roberto Arruda (DEM), aceitou cooperar com a Polícia Federal em troca dos benefícios da delação premiada. No vídeo, o deputado Rubens César Brunelli (PSC), de camisa roxa, o atual presidente da Câmara, de camisa branca, e Barbosa se abraçam e realizam uma oração.
Os deputados e o ex-secretário comemoram, batem palmas e começam a orar: “Pai, eu quero te agradecer por estarmos aqui. Sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos”, diz o deputado Brunelli, que faz a oração. “Precisamos dessa tua cobertura, dessa tua graça, da tua sabedoria, de pessoas que tenham, Senhor, armas para nos ajudar nessa guerra e, acima de tudo, todas as armas podem ser falhas, todos os planejamentos podem falhar, mas o Senhor nunca falha”, complementa. Veja:
E quando se pensa que os deputados vão fazer a diferença por serem cristãos, eles fazem justamente ao contrário: aliam-se ao sistema de corrupção, colocando até o nome de Deus no meio e agradecendo a Ele pelo suborno recebido.
Só para contextualizar, o governador José Arruda está envolvido em maus lençóis após a (...) TV Globo revelar vídeos que comprometem, mais uma vez, a integridade política dele. O governador é visto recebendo propina quando era candidato.
Já o deputado Rubens César Brunelli, visto no vídeo, é membro da igreja Sara Nossa Terra, do bispo Rodovalho. Porém ninguém imaginava que ele, como "representante de Deus no Congresso", estivesse no meio dessa lama e, pior, colocasse o Senhor para orientá-los nessa corrupção!
(http://gazetaonline.globo.com – novembro/2009)
Confira também o vídeo no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=xuaRqvzX5jY

Texto 2



Texto 3
Quais os verdadeiros valores da sociedade?
Civilizações antigas, como a Inca, a Maia, a Asteca, a própria civilização egípcia, romana, grega, dentre outras, no seu período clássico, vivia o auge dos valores, não tinham a mesma tecnologia da sociedade atual, mas tinha o mais importante: o valor como prioridade. Hoje muitas pessoas se enganam achando que vivemos o auge da civilização por causa da tecnologia, mas vivemos uma crise de valores, e na questão tecnológica, há quem diga que a civilização Atlântida teve uma tecnologia demasiado superior. Aliás, a causa da decadência da civilização atlante é que eles deram mais importância ao fator tecnológico do que ao espiritual. E o que é ser espiritual? Muitas pessoas têm uma imagem deturpada e pensam que pessoas espirituosas são aquelas que praticam uma pseudo-religião e tem uma calma piegas. Muito pelo contrário, pessoas espirituosas são aquelas que têm uma moral, uma ética, lá em cima e luta pra manter essa moral. Dão mais valor ao ser do que ao ter. São essas pessoas que realmente constroem a sociedade.
(http://www.jornaldedebates.com.br)

EIS AQUI ALGUMAS SUGESTÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DE SEU TEXTO :

Como vimos as 18 formas de se introduzir o texto, decidi fazer duas sugestões para se iniciar o texto. São apenas sugestões. Como diz aquele velho chavão das histórias infantis, “entrou por uma porta, saiu por outra, quem quiser que conta outra”.

Sugestão 1:
Uma boa forma de se começar o texto seria utilizar uma citação. É claro que ela deve se relacionar com a ideia básica do seu texto. Ou seja, você precisa planejar o seu texto! Começar uma viagem sem saber o destino é loucura (se for pobre) ou excentricidade (se for rico). Como você não é rico nem pobre, mas um nobre viajante na arte de escrever, mortal, mas com a mesma dificuldade dos imortais (“Lutar com palavras é a luta mais vã/ entretanto lutamos/ mal rompe a manhã”- Drummond), você deve, NECESSARIAMENTE, planejar o seu texto. Decida, à priori, o encadeamento das ideias. Siga aquelas três etapas da nossa apostila: o que pôr na introdução (tema do nosso post anterior), no desenvolvimento e na conclusão. Neste momento, faça seu planejamento de forma esquemática. Você estará fazendo apenas um “esqueleto” do seu texto! E depois que o fizer, não tente, não invente, não faça diferente! Seja coerente! (eco!)
Eis aqui umas citações que podem ser úteis:
“Dinheiro : Ele pode comprar uma casa, mas não um lar. Ele pode comprar uma cama, mas não o sono. Ele pode comprar um relógio, mas não o tempo. Ele pode comprar um livro, mas não o conhecimento. Ele pode comprar um título, mas não o respeito. Ele pode comprar um médico, mas não a saúde. Ele pode comprar um sangue, mas não a vida. Ele pode comprar o sexo, mas não o amor."(Ensinamento chinês)

“A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam.” (Leonardo Boff)

“O verdadeiro homem honesto é o que de nada se vangloria.” (La Rochefoucauld)

“O homem é capaz de dar a vida por um valor; só que não sabe que esse valor a merece, antes de ser capaz de a dar “(Vergílio Ferreira)

“Os juízos de valor estão relacionados com o que nos aparece como condições da nossa existência: se as condições mudam, os nossos juízos de valor modificam-se.(Nietzsche)

“O problema dos valores é mais fundamental do que o problema da certeza: esta só se afirma seriamente quando tem por resolvido o problema dos valores.” (Nietzsche)

“Admira-se o talento, a coragem, a bondade, as grandes dedicações e as provas difíceis, mas só temos consideração pelo dinheiro .”(Sébastien-Roch Chamfort)

“O que o dinheiro faz por nós não compensa o que fazemos por ele.”(Gustave Flaubert)

“O cofre do banco contém apenas dinheiro. Frustar-se-á quem pensar que nele encontrará riqueza.” (Carlos Drummond de Andrade)

“Nem todos podem tirar um curso superior. Mas todos podem ter respeito, alta escala de valores e as qualidades de espírito que são a verdadeira riqueza de qualquer pessoa.” (Alfred Montapert)

“Se te é indiferente matar uma criança ou uma mosca, podes dizer com verdade que estão mortos todos os valores. Mas nesse caso e em coerência com essa verdade, deve ser-te indiferente continuares livre ou seres preso. Ou enforcado.” (Vergílio Ferreira)

“ A palavra é no comércio dos pensamentos o que o dinheiro é no comércio das mercadorias, a real expressão dos valores, porque, em si mesma, é um valor.” (Louis Bonald)
(http://www.citador.pt/citarios.php)

SUGESTÃO 2
Achei interessante a analogia (Atlântida) presente do texto 3. Se o fato apontado no texto 1 é justamente a crise de valores, seria interessante começar um texto fazendo uma alusão histórica que tenha relação com o tema.
Leia sobre Atlântida:
Atlântida, a cidade perdida no mar
Atlântida ou Atlantis (em grego, Ἀτλαντίς - "filha de Atlas") é uma lendária ilha cuja primeira menção conhecida remonta a Platão em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida".
Atlântida teria sido uma ilha no oceano Atlântico, a oeste da Europa e África, que afundou por causa de um terremoto, há milhares de anos.
Há pessoas que acreditam que a ilha teria sido destruída por uma maldição. Mas ninguém conseguiu provar que essa ilha existiu.
Alguns historiadores acreditam que Atlântida seja, na verdade, a ilha Tyre, no mar Egeu, que foi quase toda destruída por um vulcão em 1.500 a.C. (antes de Cristo).
Segundo a lenda, em Atlântida moravam pessoas ricas, que queriam conquistar o resto do mundo. Mas eles foram derrotados pelos gregos.
Quando o navegador Cristóvão Colombo chegou à América e encontrou índios, muita gente na Europa acreditava que eles eram descendentes do povo de Atlântida.
Atlântida, a lenda
A luta pelo poder
Infelizmente, chegou o tempo em que os atlantes começaram a utilizar seu conhecimento da energia de modos que começaram a servir a poucos. Esse uso do ego voltado da energia lançou sementes de desarmonia que começaram a crescer. Surgiu a discórdia quanto ao uso apropriado da energia criativa, e então as linhas de divisão cresceram entre os dois lados do rio. Os filósofos, os curandeiros e os comunicadores da margem esquerda e os cientistas e técnicos da margem direita começaram uma luta por poder, pois o mestre havia há muito deixado vago o templo sagrado no centro do "Grande Rio da Vida". A luta pelo poder que durou por vários milênios, finalmente, foi parar nas mãos da comunidade tecnológica e científica. Eles sabiam como manipular a energia para seus próprios propósitos. Cada vez mais eles criavam coisas que não beneficiavam a todos, mas apenas a uns poucos. Aqueles que estavam no poder sentiram que as diferenças culturais refletiam níveis diferentes de compreensão. Sentiram-se superiores àqueles que sentiam a filosofia. Os do lado da ciência e da tecnologia acreditavam que os outros eram inferiores, de uma classe mais baixa, e sendo assim, não tinham entendimento e habilidade para governar.

Os filósofos, isolados em uma área da Atlântida, foram os primeiros a serem atacados pelos da margem "direita" do rio. Vocês perguntariam: "Como isso pode acontecer?" Os líderes da margem direita reuniam os filósofos em uma junta de negócios atlantes. Então eles colocavam um campo de energia em torno dos filósofos que não poderia ser penetrado de nenhum dos lados. Embora tudo tenha sido fornecido para a existência dos filósofos, eles não mais tiveram uma influência na cultura.

Então os líderes começaram a dividir a Atlântida em setores. Eles realocaram diferentes culturas em comunidades isoladas. Campos energéticos foram colocados em torno desses setores a fim de eliminar a comunicação intercultural.

Os líderes que passaram ao controle principiaram a utilizar seu conhecimento da energia de uma maneira que sentiam que criaria o que jamais tinha sido criado antes. Eles ficaram intoxicados com o prospecto da criação. Perceberam que, quando se sabe como manipular a energia por meio de uma forma vibracional, a criação não é difícil. Não havia nenhuma limitação nem consideração quanto ao bem comum quando construíram sua tecnologia. Eles erigiram um enorme obelisco de cristal que pulsava com uma energia que subjugava a todos. A população não estava infeliz, ninguém queria se rebelar. Era como se essas energias que dizem: "Você é feliz", fossem aceitas por toda a população. Havia um controle total sobre todos.

Compreendam que os líderes numeravam menos de dez por cento da população — de fato, cerca de 8,9 por cento. Quando o grupo da margem direita começou a tomar o controle, eles ficaram cada vez mais intoxicados com seu próprio poder de criação.
O fim
Na terceira geração em que a população ficou isolada — cerca de três ou quatro mil anos em sua estrutura de tempo — a Atlântida e sua outrora bela cultura começaram a degenerar-se. Naquele tempo a vibração energética era tão pesada que a terra do continente não era capaz de sustentar o peso. Ocorreram divisões na terra, criando separações e formando novas ilhas. Houve erupções na terra, pois a própria terra não era suficientemente forte para suportar o que estava ocorrendo. O belo Templo da Cura não mais estava funcionando, quando a ciência substituiu os curandeiros. A comunidade intergaláctica não mais visitou a outrora bela Atlântida. Na medida em que o país caía rapidamente em decadência, os atlantes lançaram um grito por ajuda. O próprio povo que era responsável pela destruição, utilizando o que eles acreditavam que fosse seu direito criativo, lançou um grito. Eles disseram: "Nós cometemos um erro enorme. O que poderá salvar a cultura?" Mas nesse ponto já nada podia ser feito.

Nesse tempo de declínio, a Atlântida estava vazia de espiritualidade. Essa foi a parte mais triste de todas. Não foi o que acontecera cientificamente, o que fora trazido pela tecnologia — nem mesmo o obelisco que subjugara o povo ou os campos energéticos que os separaram. A parte mais triste foi a perda de sua espiritualidade.(A que o texto 3 se refere)

Ora, como em todas as coisas, houve sobreviventes. Todos os campos energéticos cessaram de existir. Não havia mais nenhum controle desses campos energéticos, nem entre aqueles que manifestaram desejo de controlá-los. Eles bradaram em agonia ao perceberem o que haviam criado. Os sobreviventes levaram a estória da Atlântida para uma terra distante onde contaram aquilo de que se lembravam. Foi quando foram postos em um estado de animação suspensa que a verdadeira história da Atlântida e de sua grandiosidade vieram à tona. Assim, suas lendas da Atlântida provêm do grupo de sobreviventes que contaram sobre as maravilhas da Atlântida e sobre como sua terra foi destruída.

Havia um grande amor pela população da Terra. Aqueles seres que haviam criado a Atlântida tomaram um punhado de almas que eram as de espírito mais puro e as menos encerradas em seus próprios medos e as transportaram para uma terra distante que ficou conhecida como Egito antigo.
A Atlântida prosperou muito depois de ter criado a substância chamada Oriharukon. Querendo saber os segredos deste material misterioso, várias civilizações imploraram aos habitantes da Atlântida que compartilhassem o conhecimento, mas eles se negaram, fechando a porta aos estrangeiros.
Quem persistisse, era brutalmente massacrado pelos habitantes da Atlântida. Um dia, os habitantes da Atlântida esgotaram todas as fontes dos quatro cristais, matéria-prima do Oriharukon. Sua sede por cristais levou à destruição de quatro grandes civilizações (o Rio Amarelo, o Vale do Rio Indo, a Mesopotâmia e o Egito), e eles passaram a querer conquistar o mundo para encontrar mais cristais.
Mas a arrogância e a ambição dos habitantes da Atlântida os levariam à destruição. Quando perderam o controle dos poderes mágicos oriundos do Oriharukon, os habitantes da Atlântida desapareceram num piscar de olhos. Mas ainda restam vestígios do Oriharukon.
Atlântida, uma outra versão da lenda
A lenda é conhecida tanto dos historiadores e arqueólogos como dos leitores curiosos. Conta-se que a Atlântida era uma ilha localizada "além dos Pilares de Hércules" cujos habitantes eram sábios e portadores de grandes riquezas. No entanto, esse mundo perfeito sofreu um revés. Zeus, um dos principais deuses gregos da Antiguidade, ficou enfurecido ao constatar que os habitantes da ilha se tornaram perversos e gananciosos, e fez com que ela desaparecesse em meio a terremotos e tempestades.
(http://www.miniweb.com.br/Geografia/Artigos/vulcoes/atlantida.html)
Uma versão no Youtube
http://www.youtube.com/watch?v=LP6-fPAaHAg&feature=related

Então, se a lendária Atlântida ruiu em função de uma crise de valores - ou dos atlantes ou dos gregos- seria interessante uma interessante alusão para mostrar que vivemos situação parecida.
Você pode fazer apenas um comentário, uma analogia, ou mesmo fazer uma BREVE narração da lenda.

SUGETÃO 3
No blog http://paradoxo-casual.blogspot.com/2007/09/inverso-de-valores-na-sociedade-atual.html, há um texto cujo título é "A inversão de valores na sociedade atual", muito pertinente ao tema. Quem sabe as ideias nele contidadas podem ser úteis? Passa lá para conferir!

SUGESTÃO 4
Em vez de narrar a lenda ou qualquer outro fato mítico ou histórico que tenha relação com o tema, que tal relatar, resumidamente, o próprio fato mencionado no texto 1?
Como diz o colega Cândido(terceiro A), "existem as formas mais insólitas de se iniciar um texto"!
Encontre a que você achar melhor!

Um comentário:

  1. Olha só! Estou ficando famoso não?! Ha-ha. Obrigado pela citação, fico feliz em ter falado algo útil, dentre a imensa massa de besteiras.

    ResponderExcluir