quinta-feira, 17 de junho de 2010

ARTIGO DE OPINIÃO



O QUE É ARTIGO DE OPINIÃO?
O artigo de opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos.

Como se trata de um texto argumentativo, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis.

Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final.

Contudo, em vestibulares, a assinatura é proibida, uma vez que pode identificar a autoria e desclassificar o candidato.

ONDE ESSE TIPO DE TEXTO COSTUMA SER VEICULADO?

Assim como o editorial, é publicado em jornais e revistas.

QUE DIFERENÇAS HÁ ENTRE O ARTIGO DE OPINIÃO E O EDITORIAL?
O editorial escrito para jornais ou revistas não é assinado, uma vez que nele o jornalista deve expor não o seu ponto de vista pessoal, mas da instituição para a qual trabalha, que, desse modo, assume a responsabilidade por qualquer declaração polêmica presente no editorial. Já o artigo de opinião é assinado. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados.

O editorial é uma “notícia comentada”. Assim sendo, seu objetivo é apresentar um posicionamento (da revista ou jornal) sobre um determinado evento. O artigo, no entanto, dá um passo além, uma vez que apresenta clara intenção persuasiva, ou seja, procura influenciar o leitor, no sentido de fazê-lo mudar de ideia e/ou tomar uma atitude.

Sobre a linguagem, eles apresentam uma base comum: por serem gêneros jornalísticos, visam ser compreendidos por todo tipo de leitor. Por isso, valem-se da norma culta, mas primando sempre pela simplicidade, isto é, por uma linguagem não intelectualizada. No entanto, a diferença de foco (abordada no parágrafo anterior) faz com que cada um apresente um tipo de linguagem. O editorial, escrito em terceira pessoa, apresenta uma linguagem mais impessoal, objetiva, enxuta. Já o artigo de opinião, geralmente escrito em primeira pessoa, é comumente impregnado de subjetivismos: tom emotivo, acusações, humor satírico, ironia, sinais de exclamação, verbo no imperativo etc.

EDITORIAL OU ARTIGO DE OPINIÃO?
Observe as características de cada texto e descubra o gênero ao qual pertencem.


Texto 1: A natureza já não se defende. Vinga-se!
Um dos maiores paradoxos atuais da humanidade é zelarmos tanto pela saúde e bem-estar de nossos filhos e pouco nos importamos com a qualidade de vida daqui a 30 ou 50 anos. “A terra não nos pertence. Ela foi emprestada de nossos filhos”, advertia um cacique indígena americano, há mais de um século. Ademais, torna-se insensato e irônico: nós, humanos, que nos proclamamos
inteligentes, somos os únicos – os únicos – apromover o desequilíbrio natural.

Existe uma relação direta entre as agressões ao ambiente e aos cataclismos provocados pela
natureza injuriada. Conforme estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), o aquecimento global tem provocado, a cada ano, 150 mil mortes e prejuízos de 70 bilhões de dólares. Em relação a 2005, a ONU também catalogou 360 desastres ambientais, dos quais 259 foram creditados à elevação da temperatura na Terra. O agravamento foi de 20% sobre o ano anterior. A Mãe Natureza é, a um só tempo, primitiva e nobre ao agir. É agradecida com quem a trata bem, além de ser espontaneamente dadivosa, bela e vivificante. Porém, pedagógica, ou sabe ser vingativa aos 6.5 bilhões de terráqueos: se alterarem o equilíbrio natural, eu os arruíno” - diria ela. “A sobrevivência de toda humanidade está em perigo.

É o momento de sermos lúcidos. De reconhecer que chegamos ao limite do irreversível, do irreparável”, adverte o Comunicado de Paris, assinado por representantes de 40 países, reunidos em fevereiro deste ano. Não há mais o benefício da dúvida. O ser humano é o principal indutor do efeito estufa, de furacões, tufões, secas, inundações, incêndios. De fato, a Terra lança gritos
agônicos por meio dos quais clama por uma atitude não apenas compassiva, mas também pró-ativa. Não basta que haja uma consciência ambiental. Não basta condoer-se com a morte dos ursos polares. A bem da verdade, o planeta será salvo não apenas pelos governos ou ONGs nem pela nossa compaixão, mas pelas ações concretas de cada ser humano. É preciso agir. Mesmo fazendo pouco, como o fabulativo beija-flor: “Era verão e o fogo crepitava feroz na floresta. Sobressaltados, os animais se dividiram. Alguns fugiram para o grande rio que permeava a floresta; outros se
puseram a debelar o incêndio. Um beija-flor, nas suas idas e vindas, apanhava uma minúscula porção de água e arremessava sobre as chamas. O obeso elefante, mergulhado no
rio para proteger-se do fogo, perguntou ao beija-flor:
- Meu pequeno pássaro, o que fazes? Não vês que de nada serve a tua ajuda?
- Sim, respondeu o beija-flor, mas o importante para mim é que estou fazendo a
minha parte!”.
(Texto extraído do jornal Folha de Londrina de 28/09/2007.)

Jacir Venturi é diretor de escola e diretor do Sindicato das Escolas Estaduais Particulares do Paraná (SINEPE – PR) em Curitiba.

Texto 2: Sacolas plásticas
Merece elogios a decisão do Grupo Carrefour de banir o uso de sacolas plásticas em toda sua rede de lojas no Brasil nos próximos quatro anos. É mais um lance da salutar disputa entre grandes cadeias varejistas por ações na área ambiental. Medidas voltadas para a reciclagem e a produção sustentável de mercadorias já foram anunciadas por grupos como Pão de Açúcar e Walmart.

O caso das sacolas é especialmente significativo pelo fato de os brasileiros terem desenvolvido uma espécie de dependência desses invólucros, difundidos por praticamente todos os ramos do comércio.

Não há produto que chegue às mãos do consumidor sem o indefectível saco plástico a envolvê-lo – pequenos, como os das farmácias, ou de grandes dimensões, como os utilizados pelas lojas de eletrodomésticos. Confeccionados com uma resina chamada polietileno de baixa densidade, material não renovável derivado do petróleo, eles podem levar até 300 anos para serem dissolvidos pela natureza.

Impermeáveis, obstruem fluxos de água e contribuem para enchentes nas cidades; nos mares e rios são confundidos com alimentos por algumas espécies; e, incinerados, liberam toxinas maléficas à saúde.

Em diversos países a utilização das sacolas vem sendo abandonada ou desestimulada por meio de medidas de dissuasão, como a cobrança para o uso. Uma resistência a vencer é o hábito arraigado do consumidor, ainda em grande parte alheio aos danos causados pelo plástico – e acostumado a reutilizar os saquinhos em suas latas de lixo domésticas.

Além de estimular a adoção de bolsas retornáveis, vendidas a preço de custo (as chamadas “ecobags”), a rede varejista fornecerá aos clientes uma sacola biodegradável, que seria totalmente absorvida pela natureza em 18 semanas. É um bom exemplo a ser seguido.
(Texto publicado na Folha de São Paulo)


PROPOSTA 1 (UFMG-2010)
Leia estes três trechos, em que se apresentam algumas considerações relativas ao ensino a distância:

TRECHO 1
O governador de São Paulo, José Serra, assinou na tarde desta quinta-feira (9) o decreto que cria a Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), sistema de ensino superior a distância. “Eu mesmo tenho o pé atrás [com relação à educação a distância]. Vendo TV, fico me perguntando se dá mesmo para aprender”, disse logo após dar sinal verde para o projeto.
(Disponível em: .acesso em: 20 jun. 2009.)

TRECHO 2
O apego desmesurado às formas de educação tradicionais (professor, aluno, quadro, aulas expositivas) representa um óbice de ordem psicológica que precisa ser vencido, mormente num país pobre e extenso como o Brasil, onde, por vezes, os melhores profissionais do ensino estão no sudeste e sul do País. Por isso, as formas de ensino a distância são mais democráticas, pois permitem ao profissional do nordeste e norte do País ter acesso a pesquisadores e professores
dos maiores centros urbanos.

(ALMEIDA, D. C. Internet, educação e preconceito. Nómadas – Revista Crítica de ciências sociales y jurídicas, 14 (2006.2).
Disponível em:acesso em: 20 jun. 2009.)

TRECHO 3
A Internet nos ajuda, mas ela sozinha não dá conta da complexidade do aprender hoje, da troca, do estudo em grupo, da leitura, do estudo em campo com experiências reais. A tecnologia é tão somente um “grande apoio”, uma âncora, indispensável à embarcação, mas não é ela que a faz flutuar ou evita o naufrágio. A Internet traz saídas e levanta problemas [...]

(Entrevista com José Manuel Moran.Disponível em:.acesso em: 20 jun. 2009.)

Com base nas informações contidas nesses trechos, REDIJA um artigo de opinião para um jornal ou revista, posicionando-se com relação à educação a distância.
Apresente argumentos relevantes e coerentes, que fundamentem seu ponto de vista.

ATENÇÃO
NÃO serão corrigidas redações com menos de 15 (quinze) linhas.

PROPOSTA 2
Leia o notícia abaixo:

Sem cotas, plenário do Senado aprova Estatuto da Igualdade Racial

O plenário do Senado aprovou, em sessão extraordinária, o Estatuto da Igualdade Racial. Mais cedo, o texto havia sido aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e passou sem alterações no plenário da Casa. O projeto segue agora para sanção presidencial.

O relatório do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) suprimiu o trecho que tratava de reserva de vagas para negros em partidos políticos e o que estabelecia políticas específicas de saúde para a população negra, assim como a instituição de cotas para negros no ensino público.

O texto prevê garantias e o estabelecimento de políticas públicas de valorização aos negros. Na área educacional, por exemplo, incorpora no currículo de formação de professores temas que incluam valores de respeito à pluralidade etnorracial e cultural da sociedade.

O Estatuto de Igualdade Racial, que tramitou no Congresso Nacional por sete anos, foi aprovado por meio de acordo na comissão e no plenário. O deputado Edison Santos, ex-ministro da Secretaria Especial de Políticas para a Igualdade Racial, considerou que o preceitos da nova lei atendem às reivindicações da comunidade negra.

Autor diz que luta por cotas continua
O senador Paulo Paim (PT-RS), autor do projeto original, disse, em entrevista à Agência Senado, concordar com a posição da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, vinculada à Presidência da República (Sepir-PR), segundo a qual o estatuto representa um avanço, embora não contemple a política de cotas raciais.

"Ele [o estatuto] tem um valor simbólico que ilumina o caminho dos que lutam pela igualdade de direitos e por ações afirmativas", afirmou o senador, acrescentando que o estatuto dará "conforto legal" para que se avance na busca da regulamentação das cotas raciais.

Paulo Paim lamentou que o relator da matéria na CCJ, senador Demostenes Torres (DEM-GO) tenha retirado artigo pelo qualo poder público estaria habilitado a conceder incentivos fiscais às empresas com mais de 20 empregados que mantivessem uma cota mínima de 20% de trabalhadores negros.

O senador considera como pontos positivos do estatuto o reconhecimento ao livre exercício de cultos religiosos e o direito dos remanescentes de quilombos às suas terras.
(http://www.clicksergipe.com.br/blog.asp?pagina=1&postagem=12139&tipo=educacao)

Redija um artigo de opinião sobre a atitude do senador Demóstes Torres (DEM-GO) de ter suprimido do Estatuto da Igualdade Racial a cota para negros em diversas atividades, como em universidades.

PROPOSTA 3
Leia a notícia abaixo. Depois posicione-se sobre ela por meio de um artigo de opinião.

Tribunal de Minas autoriza pedido de aborto a pais de feto anencéfalo

RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE

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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais autorizou uma mulher a interromper a gravidez de um feto anencéfalo (sem o cérebro). A decisão foi tomada nesta quinta-feira, por unanimidade, pela 13ª Câmara Cível da corte.

Ao votar a favor da interrupção, o relator do caso, desembargador Alberto Henrique, afirmou: "O direito protege a vida. O feto sem cérebro não tem vida após o nascimento. Logo, não há o que proteger".

Segundo o procurador de Justiça Vítor Henriques, não deve haver recurso, já que o Ministério Público se manifestou favorável a decisão.

Na semana passada, o juiz auxiliar Marco Antônio Feital Leite, da 1ª Vara Cível de Belo Horizonte, havia negado o pedido, mas o casal recorreu.

Os pais entraram com a ação na Justiça no fim do mês de maio, após serem informados por médicos que o bebê que esperam possuía anencefalia. O juiz julgou que, apesar dos laudos apontarem inviabilidade de sobrevida do feto, a gravidez e o parto não correspondiam a "perigo iminente de morte da mãe".

Outro caso

Um caso de anencefalia que surpreendeu os médicos foi o da menina Marcela de Jesus, que morreu em agosto de 2008, após uma parada cardíaca, com 1 ano e oito meses, em Franca (398 km de São Paulo). Normalmente, bebês nesse estado morrem poucas horas após nascer. A lavradora Cacilda Galante Ferreira, mãe da criança sabia disso, mas manteve a gravidez.
(http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/752666-tribunal-de-minas-autoriza-pedido-de-aborto-a-pais-de-feto-anencefalo.shtml)

4 comentários:

  1. o feto nao tem cerebro, qual motico para deixa-la viva e vegetando apos o nascimento. Acridito que nao somos Deus para a realizaçao de um aborto mais nesses casos é necessario. Sofia Ferrari Pigon 2°B já estou te seguindo prof *_*

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  2. gostei. continue adicionando temas para a produção de artigos de opiniaõ

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  3. estou no 9 ano ainda, mas era isso que eu estava procurando pra me ajuda com essa materia, muito bom, agreço e continue assim

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