quinta-feira, 22 de abril de 2010

EDITORIAL SOBRE COPENHAGE (EXTENSIVO ETAPA)


(http://www.vooz.com.br/blogs/charge-copenhage-obama-sem-oba-oba-24769.html)

"Copenhague Derreteu"

Carlos José Marques, diretor editorial

A Semana > Editorial
| N° Edição: 2089
| 25.Nov - 00:11


"Copenhague Derreteu"

Carlos José Marques, diretor editorial

O mundo decidiu adiar em mais um ano o compromisso de controle das emissões de gases causadores do efeito estufa na atmosfera. Adiaram o inadiável. A ideia de retardar o acordo veio justamente dos EUA e da China, nações que estão entre as mais poluidoras do planeta. O argumento das duas: ainda não estão em condições de assumir metas de redução. Acham prematuro fechar um número seguro em poucas semanas para apresentar na Conferência do Clima que acontece em Copenhague, no mês de dezembro.

Ficou então definido um prazo maior, até o final de 2010, quando efetivamente sairia o tratado com força de lei para combater o aquecimento global.

Nesse campo do aquecimento, a situação já é de calamidade. Nenhum país minimamente informado tem como negar. As mudanças do clima e a desordem nas estações tempestades de chuva, neve e granizo fora de hora, enchentes, furacões e tornados com força incomum avançam em cadência acelerada.

As grandes catástrofes naturais viraram corriqueiras e Copenhague apresentava-se como passo definitivo para virar o rumo desse processo. Pelo acertado na semana passada entre EUA e China, com a chancela de outros 18 países participantes do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, Copenhague vai agora se resumir a passo preliminar, com uma declaração de intenções dos participantes sobre o controle dos gases jogados na atmosfera.

Não haverá metas compulsórias, em especial por parte das maiores potências. A questão em jogo é puramente de ordem econômica e política. Por um lado, países temem comprometer o desenvolvimento de seus mercados. Por outro, esbarram em resistências internas, de empresários a parlamentares/lobistas.

Nos EUA, o Congresso impôs uma trava consistente nesse aspecto. Mesmo o projeto de corte de meros 17% sobre o nível atual de emissões, já enviado pela Casa Branca, foi barrado na saída. Por convicção, o líder do mundo livre, Barack Obama, manifestou seu interesse em resolver o problema, mas precisa de um apoio político que não tem.

No retrato do momento, o Brasil está se saindo melhor. Projetou-se na vanguarda da discussão ao estabelecer um generoso percentual de redução de emissões – de 36,1% a 38,9% – para o período de 2010 a 2020.Ainda não definiu exatamente como, em que prazo e a que custo irá cumprir esse objetivo. Mas surpreendeu economias desenvolvidas com uma meta concreta e pode se converter em líder do movimento de proteção ao planeta.

O presidente Lula quer mais. Está comandando uma reação para salvar Copenhague a partir de uma aliança que começou a costurar em sua passagem na semana passada pela Europa. França, Inglaterra e Itália, além de países da África e de uma parte da Ásia, todos sensíveis ao temor de que a demora pode provocar um cenário irreversível, pretendem assinar um manifesto, a ser lido por Lula, pedindo urgência nas medidas.

Parece miopia ou insensibilidade o descaso com que as grandes nações poluidoras tratam o tema. Se seguirem assim, vão ter que pagar um preço caro demais lá na frente.Nesse campo do aquecimento, a situação já é de calamidade. Nenhum país minimamente informado tem como negar. As mudanças do clima e a desordem nas estações tempestades de chuva, neve e granizo fora de hora, enchentes, furacões e tornados com força incomum avançam em cadência acelerada.

As grandes catástrofes naturais viraram corriqueiras e Copenhague apresentava-se como passo definitivo para virar o rumo desse processo. Pelo acertado na semana passada entre EUA e China, com a chancela de outros 18 países participantes do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, Copenhague vai agora se resumir a passo preliminar, com uma declaração de intenções dos participantes sobre o controle dos gases jogados na atmosfera.

Não haverá metas compulsórias, em especial por parte das maiores potências. A questão em jogo é puramente de ordem econômica e política. Por um lado, países temem comprometer o desenvolvimento de seus mercados. Por outro, esbarram em resistências internas, de empresários a parlamentares/lobistas.

Nos EUA, o Congresso impôs uma trava consistente nesse aspecto. Mesmo o projeto de corte de meros 17% sobre o nível atual de emissões, já enviado pela Casa Branca, foi barrado na saída. Por convicção, o líder do mundo livre, Barack Obama, manifestou seu interesse em resolver o problema, mas precisa de um apoio político que não tem.

No retrato do momento, o Brasil está se saindo melhor. Projetou-se na vanguarda da discussão ao estabelecer um generoso percentual de redução de emissões – de 36,1% a 38,9% – para o período de 2010 a 2020.Ainda não definiu exatamente como, em que prazo e a que custo irá cumprir esse objetivo. Mas surpreendeu economias desenvolvidas com uma meta concreta e pode se converter em líder do movimento de proteção ao planeta.

O presidente Lula quer mais. Está comandando uma reação para salvar Copenhague a partir de uma aliança que começou a costurar em sua passagem na semana passada pela Europa. França, Inglaterra e Itália, além de países da África e de uma parte da Ásia, todos sensíveis ao temor de que a demora pode provocar um cenário irreversível, pretendem assinar um manifesto, a ser lido por Lula, pedindo urgência nas medidas.

Parece miopia ou insensibilidade o descaso com que as grandes nações poluidoras tratam o tema. Se seguirem assim, vão ter que pagar um preço caro demais lá na frente.

(Revista Isto é: http://www.istoe.com.br/assuntos/editorial/detalhe/12548_COPENHAGUE+DERRETEU)

terça-feira, 20 de abril de 2010

EDITORIAL (Extensivo Etapa)



O que são os editoriais?

Um jornal publica sua visão sobre fatos atuais, regionais ou nacionais, nos editoriais. O editorial é um texto opinativo não assinado que reflete a posição coletiva da redação do jornal. Editoriais não são notícias, são opiniões baseadas em fatos. Por exemplo, os editoriais podem criticar a atuação de autoridades públicas como o prefeito, o chefe de polícia ou o conselho de alunos local. Por outro lado, podem também elogiar pessoas por suas contribuições. Seja qual for o assunto, jornais esperam que seus editoriais aumentem o nível de discussão na comunidade.

Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, uma vez que o redator dispõe da opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que evidencie a posição da mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.

O editorial possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a interpretação do que aconteceu.

Pelas características apontadas acima, podemos dizer que o editorial é um texto: dissertativo, pois desenvolve argumentos baseados em uma ideia central; crítico, já que expõe um ponto de vista; informativo, porque relata um acontecimento.

Na chamada "grande imprensa", os editoriais são apócrifos — isto é, nunca são assinados por ninguém em particular.

A opinião de um veículo, entretanto, não é expressada exclusivamente nos editoriais, mas também na forma como organiza os assuntos publicados, pela qualidade e quantidade que atribui a cada um (no processo de Edição jornalística). Em casos em que as próprias matérias do jornal são imbuídas de uma carga opinativa forte, mas não chegam a ser separados como editoriais, diz-se que é Jornalismo de Opinião.
O profissional da redação encarregado de redigir os editoriais é chamado de editorialista.

OUTRA DEFINIÇÃO
Trata-se de uma dissertação, o tipo de texto exigido pelas Bancas Examinadoras das universidades de todo país; é a exposição objetiva do ponto de vista de seu autor sobre qualquer assunto. Como em qualquer ato de comunicação, o autor espera, ao redigir a dissertação, que seu interlocutor – o leitor- compreenda as ideias expostas no texto e para isso as ordena de forma clara. Apesar de possuir uma organização aparentemente simples – as estruturas conhecidas como INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO – a dissertação causa sérios problemas aos vestibulandos.

CAOS ALIMENTAR
A figura da pessoa esquálida, macilenta, que já fez parte da imagem do Brasil, certamente, ainda existe. Mas a má alimentação já começa a gerar o fenômeno exatamente oposto: pessoas pobres, mas devido a uma dieta desequilibrada, sofrendo assim de vários e sérios problemas de saúde.
Segundo as mais recentes pesquisas, 32% da população adulta do país apresenta algum grau de excesso de peso: 15% a 20% têm hipertensão arterial, e 7,6% apresentam o diabetes não-dependente de insulina. Todas essas doenças, além de diversos tipos de câncer, estão relacionados à alimentação.
Dietas desequilibradas são certamente um problema mundial. A diferença é que aqui, exceto em meios sociais bastante privilegiados, não se dá atenção à qualidade da alimentação. Nos EUA, em que pese a péssima dieta média, quase todos se preocupam com suas taxas de colesterol, triglicerídeos, relação peso/altura e realização de exercícios físicos. Lá, muito mais que aqui, a indústria alimentícia explora fortemente o ramo dos “diets” e “fat free”, e o setor farmacêutico fatura com complementos alimentares de vitamínicos.
E os cuidados com o que se come são, na verdade, medicina preventiva e trazem resultados muito mais positivos do que os que se têm tomado remédios para combater os sintomas. Perder peso e fazer exercícios físicos é em geral bastante mais eficaz para o tratamento da hipertensão arterial do que tomar, por exemplo, um betabloqueador, com seus inevitáveis efeitos colaterais indesejados.
Seria desejável que o Ministério da Saúde investisse um pouco mais em educação alimentar e ensinasse as pessoas como se manter saudáveis com uma dieta equilibrada.
(Folha de São Paulo)
1º PARÁGRAFO- é introdutório, pois se apresenta nela a IDEIA-NÚCLEO sobre a qual o texto está fundado-
(...) a má alimentação já começa a gerar o fenômeno exatamente oposto: pessoas pobres, mas devido a uma dieta desequilibrada, sofrendo assim de vários e sérios problemas de saúde.

Portanto, o texto parte do princípio que, mesmo que a desnutrição ainda seja comum no Brasil, já é possível observar no país o problema da obesidade. Assim, o autor se propõe a mostrar que o problema da obesidade é grave.

Em resumo, é possível afirmar que a introdução deve conter uma afirmação que proponha o assunto que será estudado na dissertação. Note que é necessário que o desenvolvimento respeite a abordagem proposta na introdução.
Dessa maneira, o autor começa seu DESENVOLVIMENTO provando que as afirmações feitas na introdução são, realmente, uma nova realidade brasileira que merece atenção.

No 2º PARÁGRAFO,
vale-se dados estatísticos para provar que a obesidade já assola o país de maneira preocupa.

0 3º PARÁGRAFO
lança mão de mais um argumento cujo objetivo é alertar o leitor sobre o descaso com a dieta. Retoma-se a proposta inicial, com a comparação entre a preocupação com a qualidade de alimentação no Brasil e nos Estados Unidos. Enquanto á todos se preocupam com os indicadores de problemas de saúde relacionados à alimentação, aqui poucos são os que se informam sobre esses aspectos.

O 4º PARÁGRAFO é consequência do terceiro: se houver preocupação com a prevenção às doenças relacionadas ao peso, menos problemas ocorrerão e não será necessário recorrer a medicamentos cujos efeitos colaterais sejam fortes.
Em resumo, a estrutura do desenvolvimento baseia-se na discriminação dos aspectos a estudar e na fundamentação das afirmações feitas na introdução. Em primeiro lugar, o autor do texto estudado se valeu de uma apresentação de estatísticas que confirmam as afirmações da introdução; depois, valeu-se de uma comparação entre Estados Unidos e Brasil para provar que as doenças relacionadas à má alimentação ainda são mote de pouca preocupação entre os brasileiros. Por último, mostrou a relevância da prevenção às doenças.
Dessa maneira, só resta ao autor, na CONCLUSÃO, afirmar que é preciso que o Ministério da Saúde, com ações, invista em informação à população sobre as doenças estudadas no texto.

Depois de definidas as estruturas que compõem o texto dissertativo, observadas no editorial da Folha de São Paulo, é necessário avaliar os méritos de seu autor:
a) Em primeiro lugar, o autor cumpriu, ao longo do texto, a meta a que havia se proposto: evidenciou a urgência da informação sobre um tipo de doença que assola o Brasil. Se houvesse apresentado, ao longo da dissertação, outro aspecto além do proposto; ou se, ao contrário, examinasse problemas que não constassem na introdução, teria FUGIDO AO TEMA. Portanto, fica claro que, na INTRODUÇÃO, o aluno só deve propor análises que é capaz de fazer. Conseguintemente, a introdução deve ser seguida à risca para que o autor não fuja à proposta inicial.
b) A argumentação, além de seguir a proposta introdutória, apresentou ARGUMENTOS RELEVANTES para que o exame do assunto, alcançando o objetivo primeiro de uma dissertação: a apresentação do ponto de vista do autor. É indispensável saber que o leitor não precisa, necessariamente, concordar com as ideias expostas no texto argumentativo; deve, no entanto, considerá-las organizadas de maneira coerente e convincente.
c) O vocabulário utilizado pelo autor não pode ser considerado “difícil” e as estruturas sintáticas não são complexas. Logo, é possível afirmar que o bom texto dissertativo não precisa ser escrito com palavras incomuns- e, por isso, ingenuamente, consideradas “boas” pelos alunos- e com períodos truncados. Basta que o texto seja claro e organizado, sem virtuosismos.

A NOTÍCIA E SUA ESTRUTURA (segundos anos)




Notícia é a expressão de um fato novo, que desperta o interesse do público a que um jornal se destina. Gênero textual tipicamente jornalístico, a notícia pode ser veiculada em jornais, escritos ou falados, e em revistas.
Uma notícia deve ser imparcial e objetiva, deve expor fatos, não opiniões.

Numa notícia predomina a narração. Mas os jornais não contam só o que aconteceu, eles vão além, informando também:
O quê (fatos)
Quem (personagens/pessoas)
Quando
Onde
Como
Por quê


A notícia apresenta uma estrutura padrão:
a) LEAD OU LIDE
É um relato sucinto dos aspectos essenciais do fato e consiste normalmente no primeiro parágrafo da notícia. Seu objetivo é dar as informações básicas ao leitor e motivá-lo a continuar a leitura.
Deve fornecer ao leitor a maior parte das respostas às seis perguntas básicas: o quê, quem, quando, onde, como e por quê.
TIPOS DE LEAD
Há várias maneiras de introduzir uma matéria jornalística. Portanto, há diversos tipos de lead. Vejamos algumas classificações:

CONDENSADO (INTEGRAL)
Sumariza todos os fatos principais de maneira clara e sempre uniforme. É muito comum nos despachos internacionais. Ex.:
Subiu a 545 o número de mortos no terremoto que atingiu anteontem a região centro-sul do Irã, deixando mais de 600 feridos, alguns inválidos, e destruindo totalmente três aldeias. Segundo as autoridades, serão necessários vários meses para que os 4.500 sobreviventes das 12 cidade atingidas possam levar uma vida norma. (OESP, 22/12/77)

DE APELO DIRETO (PESSOAL, INTIMISTA)
Utiliza o interesse da participação do leitor, a ele se dirigindo diretamente. Ex.:
Se você pretende viajar no seu carro neste fim de semana, encha o tanque mais cedo. Por determinação do Ministério das Minas e Energia, os postos de todos o Brasil funcionarão apenas até as 17:00 horas desta sexta-feira.

CIRCUNSTANCIAL
Dá ênfase às circunstâncias nas quais ocorreu a história a ser narrada. Estilo característico das matérias com um toque humano mais acentuado, ou seja, que apelam ao emotivo. Ex.:
Embora tivesse medo de magoar seu marido, Vasco doente, Maria da Silva não conseguiu contar uma expressão de alegria quando o radinho de pilha anunciou o primeiro gol de Zico. Sua simpatia pelo Flamengo deu divórcio na 2ª Vara da Família.

DE CITAÇÃO DIRETA ou “ENTRE ASPAS”
Começa com uma declaração ou citação, que reflete o aspecto principal das ideias da pessoa focalizada. Esta prática, muito comum na maioria dos jornais, esteve condenada por algum tempo, pelas normas de redação do Jornal do Brasil, “salvo nos casos em que a frase ou a citação estejam destinadas a passar à História (o que, aliás, é sempre duvidoso, e implica julgamento temerário).”
Para Nuno Crato (1982), esse tipo de lead só deve ser empregado quando a notícia se revela de natureza delicada ou controversa. O exemplo seguinte é de Lago Burnett (1985, p.25)
“Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino dos Céus”, afirmou ontem, a certa altura do seu Sermão da Montanha, o Rabi da Galiléia, perante uma multidão de molhares de pessoas, entre as quais, seus assessores de imprensa – Lucas, Mateus, Marcos e João – que documentam a precatória para posterior publicação em livro.

DESCRITIVO
Apresenta uma visão do lugar onde a notícia ocorreu (descrição do cenário) e descreve as pessoas nela envolvidas. A descrição das pessoas pode ser de ordem física, mas também de ordem psicológico-comportamentais. Ex.:
De bermudas, tênis Adidas e uma camisa de malha, o ex-Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República deu ontem sua primeira entrevista política (...) (JB, 10/01/87)

b) CORPO
São os demais parágrafos da notícia, nos quais se apresenta o detalhamento do exposto no lead, sendo fornecidas ao leitor novas informações, em ordem cronológica ou de importância.

O título

Toda notícia é encabeçada por um título. No título, devem-se empregar, com objetividade, palavras curtas e de uso comum.

A Linguagem
Predomínio da função referencial da linguagem.
Linguagem impessoal, clara, precisa, objetiva, direta, de acordo com o padrão culto da língua.
A linguagem jornalística adota o padrão culto da língua, sem, contudo, perder de vista o universo vocabular do leitor.
Exige o emprego de um mínimo de palavras e o máximo de informação, correção, clareza e exatidão.

PARA UMA BOA REDAÇÃO
Construa períodos curtos, com no máximo duas ou três linhas, evitando frases intercaladas ou ordem inversa desnecessária.

Adote como norma a ordem direta, elaborando frases com a seguinte estrutura: sujeito, verbo e complemento.

Nunca use duas palavras se puder usar uma só.

Evite os superlativos e adjetivos desnecessários.

Empregue o vocabulário usual. Adote esta regra prática: nunca escreva o que você não diria. Termos técnicos ou difíceis devem ser evitados; se tiver que escrevê-los, coloque entre parênteses seu significado.

Os termos coloquiais ou gírias devem ser usados com parcimônia, apenas em casos especiais.

Empregue verbos de ação e prefira voz ativa, que dinamizam mais a frase e estimulam o leitor.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

MODELO DE CARTA ARGUMENTATIVA (aos terceiros)



Brasília, 30 de julho de 2009.
Excelentíssimo Senhor Presidente José Sarney,
Com as minhas considerações, venho tratar de um assunto bastante recorrente na mídia nos últimos meses, o qual envolve diretamente V. Exa., como Presidente do Senado Federal, Casa pela qual tenho o maior respeito. Trata-se de denúncias de favorecimento a vários senadores, por via de Atos Secretos, inclusive o Senhor, fato que envergonha a todos nós, brasileiros.
A minha visão é de que o Senhor Presidente deveria pedir afastamento do cargo. Sem querer fazer um julgamento precipitado, até porque todos são inocentes até que se prove o contrário, o fato é que as denúncias existem e não são simples. São muitos os indícios de beneficiamento ilícito, como casos de nepotismo e aumento de verba indenizatória, sem publicação nos devidos órgãos de imprensa oficiais. Vossa Excelência aparece ligado a diversos desses Atos e, por isso, acho que sair, pelo menos temporariamente, seria uma prova de que pretende colaborar com as investigações.
Tais investigações constituem um elemento decisivo para a transparência pública, uma vez que a sociedade precisa ter conhecimento de como o dinheiro de seus impostos e tributos estão sendo aplicados. Num país em que a educação e saúde, só para citarmos duas áreas, costumeiramente vão de mal a pior, é inadmissível aceitarmos que ocorrências dessa natureza sejam consideradas normais. Por esse motivo, entendo que o Excelentíssimo Senador deve pedir licença, visando sempre ao interesse público.
Como cidadão brasileiro, consciente de minhas obrigações e direitos, é este o meu posicionamento. Se quem não deve não teme, dê-se a chance de esclarecer o que Senhor mesmo chama de denúncias infundadas, e isso só pode ser feito a partir do momento em que não mais ocupar a Presidência dessa Egrégia Casa, pois a sua imagem estará desvinculada de toda e qualquer “manobra” que porventura exista para não prolongar o caso.


Com os meus respeitos,


Povo Consciente

(http://centraldasletras.blogspot.com/2009/08/modelo-de-carta-argumentativa.html)